Nesta quarta-feira, 27, foi realizado em Cláudio, o encontro da microrregional Campo das Vertentes da Fetaemg. Mais de 400 trabalhadores e trabalhadoras de 12 municípios compareceram ao evento, que teve por objetivo discutir a perda de direitos no atual contexto em que vivemos, o papel do movimento sindical diante das tamanhas atrocidades recentes e o fortalecimento sindical.
Vilson Luiz da Silva, presidente da Fetaemg, falou sobre as graves ameaças que o governo impõe aos direitos conquistados pela classe trabalhadora do país e as artimanhas do Governo para enfraquecer os sindicatos, não tendo assim quem o combata. Pontuou que, mais do que nunca, os sindicatos devem estar fortalecidos para enfrentar os retrocessos defendidos pelo governo Temer e reafirmou continuará a disposição dos homens e mulheres do campo para continuar lutando contra a perda de direitos da classe trabalhadora.
“A atuação do Movimento Sindical é necessária, não podemos deixar que nos enfraqueçam e devemos intensificar o trabalho nas nossas bases. Temos que nos conscientizar de que uma de nossas armas de reação e luta está na urna, devemos aprender a votar, precisamos de um Congresso representativo, com homens e mulheres coerentes, que conheçam a luta do trabalhador e trabalhadora do campo, diante disso, não podemos ficar nos discursos, eu e grande parte dos que aqui estão já participamos de mobilizações no estado e em Brasília, levamos balas de borrachas como recompensa, gás lacrimogênio e graça a ações como essas as coisas não estão piores, eu continuo no firme propósito de lutar, essa é a minha missão e vocês poderão sempre contar comigo para batalhar ao lado de cada trabalhador e trabalhadora rural.” Defendeu Vilson.
O supervisor técnico do Dieese, Fernando Duarte, expôs ao público as incoerências da Reforma da Previdência Social, que para ele, além de retirar direitos, blinda recursos e força a privatização da previdência no Brasil. Também destacou a importância desta ação da Fetaemg: “Encontros como este são importantes para os trabalhadores e direções sindicais terem uma visão clara da realidade que estamos passando. As reformas são uma desarticulação e desestruturação da legislação trabalhista e da nossa estrutura sindical”. Reforçou.