Trabalhadores e trabalhadoras rurais de Minas Gerais, mobilizados pela Fetaemg, irão se juntar aos cerca de 5 mil trabalhadores rurais de todo o país na grande mobilização do Grito da Terra Brasil que acontece nesta quarta-feira, 22 de maio, em Brasília. Neste ano o lema é: “50 anos de luta da CONTAG por Reforma Agrária, Sustentabilidade, Trabalho e Dignidade no Campo”.
Há duas semanas, a pauta de reivindicações vem sendo negociada com aproximadamente 15 Ministérios e as principais demandas são o assentamento de, pelo menos, 100 mil novas famílias neste ano; disponibilização de R$ 42 bilhões para o Plano Safra da Agricultura Familiar 2013/2014; implementação da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER); apoio à aprovação do Projeto de Lei 751/2011, que trata do enquadramento sindical; construção de uma política nacional de convivência com o Semiárido; dentre outras também importantes.
O presidente da CONTAG, Alberto Broch, avalia de forma positiva esse processo de negociação e disse que é grande a sua expectativa para o dia da mobilização. “Nos últimos dias estamos em intensa negociação com o governo federal, com momentos tensos e outros mais leves. Temos questões visivelmente andando bem, outras dependem de decisões e algumas estão bem difíceis, que talvez não consigamos resolver neste ano.” Nesse sentido, Broch afirmou que as negociações não serão encerradas no dia 22 de maio. “Vamos continuar mobilizados negociando as políticas importantes para a agricultura familiar, para os assalariados e as assalariados rurais, para o público da reforma agrária e negociando também as políticas sociais. Estamos exercitando o papel soberano do movimento sindical, exigindo do governo federal o atendimento às nossas demandas e qualificando a nossa intervenção. Portanto, vamos ficar permanentemente em vigilância.”
A concentração dos trabalhadores e trabalhadoras rurais começará às 6 horas da manhã no 1º quadrante da Esplanada dos Ministérios, próximo à Catedral de Brasília. A abertura está prevista para 9 horas. Em seguida, todos sairão em caminhada pela Esplanada, apresentando suas reivindicações à sociedade e repudiando algumas medidas tomadas pelos três Poderes que prejudicam diretamente a classe trabalhadora rural. A mobilização será encerrada somente à tarde, com a apresentação dos resultados das negociações com o governo federal.